Vergado pelo jugo
não cede
compete
não dorme o verdugo
na rua o futuro
parado
suspende
sustém e suspeita
tão raso na pele a fome que é
seita
Não dorme o verdugo
na praça
Suspeita
O homem não
deixa
nem cede pelo jugo
nem pela receita
aceita a palavra
recuo não aceita
Não dorme o verdugo
que tem a suspeita
no prato não
come
na cama não
deita
mulher nem
o pão
mas só a
suspeita
Não ri o verdugo
que o homem não deixa
na praça não dança
Consigo descansa
o homem
que tem os olhos na esperança
Motivos são montes
cidades preceitos
não dorme o verdugo
de noite no leito
Não canta na praça
não come a laranja
que o homem semeia
em fundo na esperança
Comida a suspeita
que não come
pão
na praça não deixa as armas
no chão
que o homem debaixo
do jugo suspende
suspeita o verdugo
do homem que prende
Maria Teresa Horta
não cede
compete
não dorme o verdugo
na rua o futuro
parado
suspende
sustém e suspeita
tão raso na pele a fome que é
seita
Não dorme o verdugo
na praça
Suspeita
O homem não
deixa
nem cede pelo jugo
nem pela receita
aceita a palavra
recuo não aceita
Não dorme o verdugo
que tem a suspeita
no prato não
come
na cama não
deita
mulher nem
o pão
mas só a
suspeita
Não ri o verdugo
que o homem não deixa
na praça não dança
Consigo descansa
o homem
que tem os olhos na esperança
Motivos são montes
cidades preceitos
não dorme o verdugo
de noite no leito
Não canta na praça
não come a laranja
que o homem semeia
em fundo na esperança
Comida a suspeita
que não come
pão
na praça não deixa as armas
no chão
que o homem debaixo
do jugo suspende
suspeita o verdugo
do homem que prende
Maria Teresa Horta
In De Palavra em Punho – Antologia Poética da Resistência – De Fernando Pessoa ao 25 de Abril, org. José Fanha, ed. Campo das Letras
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