nunca
ter estado
suficientemente
próximo
nunca
te ter
fixado
longamente
nunca
ter
festejado
com
o meu
olhar
a tua
face
com
as minhas
mãos
a tua
forma
com
o meu
corpo
o teu
ritmo
quantas vezes
me perguntei
como
seria
quantas vezes
tentei adivinhar
como
fazes
como
farias
tantas vezes
te desejei
e
esperei
que sabia
que te receberia
ironia
não nos encontrámos
senão quando
partias
bruscamente
fiquei presa
ao movimento
imperiosamente
atraída
como te procurei
como nos encontrámos
nunca
nos aproximando
sei hoje
sabia que partias
enquanto eu tecia os dias
no prazer de nos sentir
procurar
foi cruel
teria ido ter contigo
foi cruel
pensavas que não ia
porque sabia
adivinhava-te
e fugia
em dias
que foram
cada dia
mais frios
em noites
mais
brancas
no branco
do gelo
ontem o sol
inundou o dia
restituiu as cores roubadas
deu brilho à neve
e por toda a parte modelou
estalactites
de cristal
vi-te
de manhã
cedo
mas
passei
adiei
fui
ver
o
sol
comprei
flores
e
frutos
radiante
procurei-te
seguravas uma mala
vestias casaco
acompanhavas
os amigos
que
partiam
sentei-me próxima
de onde jogavas
xadrez
levantaste-te
ias despedir-te
fui também
aproximaste-te
vieste despedir-te de mim
não quis acreditar
até que me disseste
- ser tarde demais
- não quereres
partir
angústia de te perder
mas partiste no dia
mergulhado em sol
nas horas suaves
da tarde
deixaram-me pensar
que voltavas
deixaram-me pensar
que te encontraria
quando
te procurasse
Ana Margarida
in do tamanho das nossas vidas, Filipe Chinita
ter estado
suficientemente
próximo
nunca
te ter
fixado
longamente
nunca
ter
festejado
com
o meu
olhar
a tua
face
com
as minhas
mãos
a tua
forma
com
o meu
corpo
o teu
ritmo
quantas vezes
me perguntei
como
seria
quantas vezes
tentei adivinhar
como
fazes
como
farias
tantas vezes
te desejei
e
esperei
que sabia
que te receberia
ironia
não nos encontrámos
senão quando
partias
bruscamente
fiquei presa
ao movimento
imperiosamente
atraída
como te procurei
como nos encontrámos
nunca
nos aproximando
sei hoje
sabia que partias
enquanto eu tecia os dias
no prazer de nos sentir
procurar
foi cruel
teria ido ter contigo
foi cruel
pensavas que não ia
porque sabia
adivinhava-te
e fugia
em dias
que foram
cada dia
mais frios
em noites
mais
brancas
no branco
do gelo
ontem o sol
inundou o dia
restituiu as cores roubadas
deu brilho à neve
e por toda a parte modelou
estalactites
de cristal
vi-te
de manhã
cedo
mas
passei
adiei
fui
ver
o
sol
comprei
flores
e
frutos
radiante
procurei-te
seguravas uma mala
vestias casaco
acompanhavas
os amigos
que
partiam
sentei-me próxima
de onde jogavas
xadrez
levantaste-te
ias despedir-te
fui também
aproximaste-te
vieste despedir-te de mim
não quis acreditar
até que me disseste
- ser tarde demais
- não quereres
partir
angústia de te perder
mas partiste no dia
mergulhado em sol
nas horas suaves
da tarde
deixaram-me pensar
que voltavas
deixaram-me pensar
que te encontraria
quando
te procurasse
Ana Margarida
in do tamanho das nossas vidas, Filipe Chinita
Sem comentários:
Enviar um comentário