Era uma vez um país
que tinha um teatro nacional
nesse teatro decidiu o seu encenador
fazer qualquer coisa como Condomínio
de Rua
Peça essa cujo texto aborda as temáticas da pobreza e da exclusão
O preço de entrada, ou o ingresso se quisermos simplificar
Era nada mais, nada menos do que… Alimentos
E o slogan era algo não pouco pomposo
como TEATRO POR ALIMENTOS
Projecto esse resultante entre esse tal teatro
e uma instituição de caridade social
Juntando assim o útil ao agradável
o espectador fica contente porque pagou uma lata de atum
(não de salmão fumado, não vem na
listagem dos alimentos mais solicitados da instituição) para ir ao teatro (e ao nacional!)
E os artistas (?) ficam contentes porque tiveram público
(não sei se tiveram, não fui. Não troco alimentos por teatro)
E a sociedade em geral – a dita civil – fica contente também
Cumpre-se assim o dever de se ajudar o próximo