10/05/12

Desejo

O desejo é o servo da astuta Afrodite.
*
Rogo-te, Abantis, agarra na tua lira e canta a bela Gongila cujo desejo te persegue.

O simples olhar do seu vestido excitou-te e eu gozei com isso, porque a própria Afrodite me censura por lho implorar...
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O amor queimou o meu coração, como um vento da montanha fustiga as azinheiras.
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O amor de novo me perturba e paralisa.

Ao mesmo tempo doce e amargo, é uma serpente invencível.
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Tu vieste e eu desejei-te. Incendiaste o meu coração que arde de desejo.
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Que esta noite possa ser intensa!
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Mamã, eu não posso tecer mais: sinto-me ávida de desejo por um jovem por culpa da terna Afrodite.
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Tu inflamas o nosso desejo.
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Eu desejo e cobiço...
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Safo
in O DESEJO, Editorial Teorema 

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