Era uma vez alguém
Que ao invés de seguir
com o que queria
(ou com o que pensava que
queria)
Que arranjar
justificações arranjava
Para nada fazer (?)
E para se desbaratinar
Entre lagos de aconchegos
De lucidez parca
De pardas lamentações
Torceres e contorceres
patéticos
Cacos estilhaçados e
provocados
Que agora toma!
Apanha-os!
Vê lá se consegues agora
Galgar, admoestar o
prazer que antes sentias
Em ser hercúlea, sentir
um agradozinho em ultrapassar todas as aflições
Do cabo dos trinta.
É disso que se trata, não
é?
A arrogância, a prepotência
como arma de arremesso
Contra tudo e contra
todos
em saltar de dia em dia
Em alvoroços funestos
diários
E lembra-te:
“A dor que se encrava em
nós
pode não ser voluntária”
“Pode”.
Bárbara Bardas
Sem comentários:
Enviar um comentário