Não só possuir a terra, mas toda a invenção
sobre toda a invenção. Não só a transformação,
mas o prazer desta aparente espontânea imutável natureza
e a permanente criação duma prática e da teoria.
O campesinato ignora o que ignora.
Desejemos que cumpra, depois, outros desejos.
A cultura não existe em estado de espontaneidade,
nem o popular poderá ser um valor em si, só há cultura
resultante de cultura, e não das árvores
dos dialectos, dos complexos de máquinas.
O campesinato e o operariado têm necessidades essenciais
escassas num mundo tão vasto, numa história tão cumulativa,
na época tão célere. Não ensinemos as matérias
do desejo, mas incitemos a necessidade de criar a volúpia
pela mais rápida via ou revolução. O campesinato
e o operariado hão-de ter necessidades absolutas
como o pensamento especulativo, os estilos, o caos órfico,
o ócio ilimitado. Ninguém necessita de um país
político, mas só de um país de diversificação
de todo o conhecimento e de união de todo no conhecimento.
Pela acumulação da teoria, o campesinato e o operariado
vão desejar o internacionalismo. Esse era já o espírito
da poesia e da física, acumulando uma linguagem em épocas.
Para Filinto, em Portugal, a língua e a pátria foram matrizes.
O progresso não é desejar uma pátria materna, mas a abolição
deste arquétipo ou símbolo, assim como o de um país uno
como tradução da unicidade de cada indivíduo nele,
carente ou homogénea. Tão-pouco há valores culturais,
toda a cultura é válida e todo o conhecimento é vasto,
podendo porém ser mínimos em relação à soma,
sendo porém apenas uma mínima refracção
em toda a história antiga e contemporânea.
o campesinato e o operariado não exigiram ainda com vitalidade
o conhecimento, o prazer do conhecimento, o prazer do prazer.
À máquina deixarão o trabalho, que sendo executivo
não é essencial ao homem, ao homem criarão o maior número provável
de liberdades Então, se formos ainda, como agora e sempre,
a mesma imensa força de invenção, como não invejar Leonardo,
que estava mais próximo, em consciência, do seu mundo, do que nós?
Como aceitar, para sempre, renunciar a uma noção de totalidade,
se a progressão do mundo é tão extensa, e mais ainda, depois,
e se temos uma vida tão curta entre tão numerosos registos.
Fiama Hasse Pais Brandão
sobre toda a invenção. Não só a transformação,
mas o prazer desta aparente espontânea imutável natureza
e a permanente criação duma prática e da teoria.
O campesinato ignora o que ignora.
Desejemos que cumpra, depois, outros desejos.
A cultura não existe em estado de espontaneidade,
nem o popular poderá ser um valor em si, só há cultura
resultante de cultura, e não das árvores
dos dialectos, dos complexos de máquinas.
O campesinato e o operariado têm necessidades essenciais
escassas num mundo tão vasto, numa história tão cumulativa,
na época tão célere. Não ensinemos as matérias
do desejo, mas incitemos a necessidade de criar a volúpia
pela mais rápida via ou revolução. O campesinato
e o operariado hão-de ter necessidades absolutas
como o pensamento especulativo, os estilos, o caos órfico,
o ócio ilimitado. Ninguém necessita de um país
político, mas só de um país de diversificação
de todo o conhecimento e de união de todo no conhecimento.
Pela acumulação da teoria, o campesinato e o operariado
vão desejar o internacionalismo. Esse era já o espírito
da poesia e da física, acumulando uma linguagem em épocas.
Para Filinto, em Portugal, a língua e a pátria foram matrizes.
O progresso não é desejar uma pátria materna, mas a abolição
deste arquétipo ou símbolo, assim como o de um país uno
como tradução da unicidade de cada indivíduo nele,
carente ou homogénea. Tão-pouco há valores culturais,
toda a cultura é válida e todo o conhecimento é vasto,
podendo porém ser mínimos em relação à soma,
sendo porém apenas uma mínima refracção
em toda a história antiga e contemporânea.
o campesinato e o operariado não exigiram ainda com vitalidade
o conhecimento, o prazer do conhecimento, o prazer do prazer.
À máquina deixarão o trabalho, que sendo executivo
não é essencial ao homem, ao homem criarão o maior número provável
de liberdades Então, se formos ainda, como agora e sempre,
a mesma imensa força de invenção, como não invejar Leonardo,
que estava mais próximo, em consciência, do seu mundo, do que nós?
Como aceitar, para sempre, renunciar a uma noção de totalidade,
se a progressão do mundo é tão extensa, e mais ainda, depois,
e se temos uma vida tão curta entre tão numerosos registos.
Fiama Hasse Pais Brandão
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