15/05/13

QUADRADA

TELEGRAFIA SEM FIM

Onde o sonho do profundo se adormece
E as flores do enquanto me seduzem
Neste vento que me paira e acontece,
O tempo do cansaço me escurece
E das estrelas instantes se conduzem
Geométricas e finas linhas frias
Cadentes de sonhadas geografias.
Ó meu cantar além dentro de mim
Ó meu saber nos dedos o que vejo,
Eu sei traçar a negação do fim
No sempre que se aquece para quem
Se cria e se inventa de desejo.

Salette Tavares
20 Anos de Poesia portuguesa, Círculo de Poesia Moraes Editores

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