vêm avisar-me que alguém estará à esquina
de quando penso. e sabendo-o recuso-me.
e se prolongo os olhos alguém pernoitará
à esquina de quando durmo. e por isso acordo.
e pergunto: porque virá alguém ocupar-me
a esquina de quando durmo e quando penso
se é imperfeito o espaço entre a vigilância
e o sonho? insuspeita a hipérbole do sono?
vêm avisar-me de que terás chegado
a esta esquina de quando penso e durmo.
e logo se nega a razão de ser da insónia.
Wanda Ramos
in A JOVEM POESIA PORTUGUESA/1, ED. LIMIAR
de quando penso. e sabendo-o recuso-me.
e se prolongo os olhos alguém pernoitará
à esquina de quando durmo. e por isso acordo.
e pergunto: porque virá alguém ocupar-me
a esquina de quando durmo e quando penso
se é imperfeito o espaço entre a vigilância
e o sonho? insuspeita a hipérbole do sono?
vêm avisar-me de que terás chegado
a esta esquina de quando penso e durmo.
e logo se nega a razão de ser da insónia.
Wanda Ramos
in A JOVEM POESIA PORTUGUESA/1, ED. LIMIAR
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