Um oceano de músculos
verdes
Um ídolo de muitos braços
como um polvo
Caos incorruptível que
irrompe
E tumulto ordenado
Bailarino contorcido
Em redor de navios
esticados
Atravessamos fileiras de
cavalos
Que sacudiam as crinas
nos alísios
O mar tornou-se de
repente muito novo e muito antigo
Para mostrar as praias
E um povo
De homens recém-criados
ainda cor de barro
Ainda nus ainda
deslumbrados
Sophia de Mello Breyner
In Obra Poética III
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